terça-feira, 16 de junho de 2009

O Grunge voltou!!! Agora tupiniquim.

A tempos que o radinho toca, naquela rádio rock, sem graça, baixinho sem despertar curiosidade ou a descoberta de algo que pode mudar a sua vida.
Foi isso que aconteceu comigo em 92. Estava no bairro do Belém, na Zona Leste de São Paulo quando, pela primeira vez, escutei Aneurysm, caralho, aquilo me subiu o sangue, que porra era aquela? Fiquei escutando apreensivo aquele som ate o locutor da rádio, que não me lembro agora qual era, dizer o nome daquela banda. Ele falou NIRVANA! Corri pegar uma caneta e um pedaço de papel, sou meio ruim pra gravar nomes, e anotei.
Aquela banda não me saia da cabeça, tinha 12 anos na época e não tinha dinheiro pra comprar o Disco ou o K7. Conversando com meu primo, mais velho e experiente, resolvemos ir ate uma feira próxima a casa dele, ele me convenceu a ir distraindo o ambulante, naquela época já existia os piratas da vida, eu sem saber de nada fui perguntando pra ele sobre algumas fitas, ele me mostrou Guns N Roses e outras porcarias que ele tinha ali, conversa vai, conversa vem, meu primo vira e fala “á ta bom então, obrigado”. Menos de 10 passos a frente ele me tira, não sei de onde, uma Fita de uma criança nadando pelada atrás de um dólar, ele me pergunta “ É a banda Nirvana que você quer?” e ainda completa “ pode ouvir, mais a fita é minha!”. Não queria saber de quem era só queria escutar, sentir a mesma sensação de dias anteriores.
Chegando em casa, obvio que a primeira coisa que fiz foi colocar a fita pra rolar. De cara Smells, depois In Bloom, Come As You Are, Breed e por ai vai, ate terminar. Fiquei em êxtase, alguns segundos sem saber o que fazer, sem saber o que falar, inenarrável aquela sensação que estava vivendo, aquilo era do caralho. Tempos bons aqueles. Como tudo na vida um dia acaba, acabou.
Poucas bandas despertaram-me aquela sensação, nada parecido com Aneurysm, com o Nirvana, mas aconteceu, graças a Deus se não estaria sem rumo hoje. Bandas como At The Drive In, Foo Fighters, agora Queens of The Stone Age e Monaural. Caralho,, volto a me perguntar, que porra é essa? Acaba logo com isso, Mais um pecado, Risca do zero, Mundinho de merda, Acredite no que você mais mentiu ,Minha vez, Discórdia, de nada, isso tudo me remete a 92, a capa do bebê na piscina. Não estou falando que é plágio e sim da qualidade da musica, da pegada, da vontade de tocar, as letras marcantes e depressivas. A mesma sensação voltou, depois de 17 anos. Monaural resgatou a curiosidade, o impacto sobre algo verdadeiro e novo. Monaural trouxe o grunge novamente e o que é melhor, o grunge tupiniquim. O único plágio aqui fica por conta do vocalista Leandro que é a fuça do falecido Kurt Cobain.
Sou meio suspeito para falar sobre o Monaural, tenho meu irmão como batera da banda e o meu melhor amigo Leandro na Guitarra e no vocal, mais antes de qualquer coisa sou amante da boa musica, então fica meu recado. Baixe o CD Expurgo e tire a sua própria conclusão.

Por: Fernando Soares.

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